sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Em uma madrugada

Suas mãos passeiam pelo meu corpo
E se perdem nas minhas curvas
A cada nova curva sua língua
Desenha minha circunferência
Seu corpo irrigado de sangue
Que entra em ebulição
A cada centímetro
Em direção ao meu centro
E quando a seta atinge o meio
Suas mãos perdidas
Se encontram em meus quadris
E para não perder o foco
O seguram com precisão
Sua saliva dá de beber a minha sede
E sua língua circula meu colo
Nesse momento meu corpo aquecido
Deseja seu corpo ebulindo
Então a seta certeira
Acerta o meio
E seu corpo
Funde-se ao meu
Entre nós não há mais espaço
Ocupamos o mesmo espaço
Um dentro do outro
E a boca é o único orifício
De onde escapa alguma coisa
Um gemido
Tão intenso e tão profundo
Que extasia os sentidos
Nesse exato instante
Seu corpo que habita o meu
Deságua dentro de mim
Enquanto meu corpo estremece
Sugando todo o teu.
                                  

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