segunda-feira, 2 de julho de 2012

No cemitério das violetas mortas

Tempo memória, 
Vento passado
O vento passou e levou o tempo
Que traiu a memória.

A memória insistente
Mergulhou no passado
Morreu afogada.

O vento passou
Levou o tempo
Matou a memória.

Que agora jaz,
No cemitério,
Das violetas mortas.
O pêndulo e o espelho

Ela abriu as janelas
E deixou o sol entrar
A luz irradiou
Todo quarto se iluminou.

O sol bateu no espelho
O vento balançou o pêndulo
Que quebrou o espelho.

Os cacos pelo chão se esparramaram
A luz que viajava pela vidraça
Estava a contento.

Se espalhava
Refletindo em cada pedaço de caco
Do espelho quebrado
Pelo vento que bateu no pêndulo.

domingo, 1 de julho de 2012

Era uma vez... Uma historinha medieval - (parte final)

Quando os caminhos 
Da Bruxa e do Cavaleiro
Se cruzaram pela primeira vez
Ela não acreditou.

Mas quando o lobo,
A águia cercou,
Dele, ela não escapou,
Seu olhar, a ela hipnotizou.

A Bruxa pensava, 
O Cavaleiro, a ela, enfeitiçava,
Que chegou a desejar por todos os outros sabás, 
Novamente com ele encontrar.

Sem se importar, 
Permitiu por ele, se deixar dominar,
O lobo não percebia, que só a águia, envolvia,
Porque era ela quem permitia.

Até o dia em que a águia abriu as asas
E para o infinito vôou,
Então a Bruxa percebia, que com o Cavaleiro,
Não mais encontraria nos próximos sábas.

Solitariamente liberta,
Continuou a voar,
Novos campos a encontrar
Para outros rituais realizar.


Alquimia da tristeza

Solidão, tristeza e dor
Fontes eternas de inspiração
Aos poetas que se entregam aos vícios 
E às paixões.

Sujeitos à desilusões
Que somente corações repletos
Tem a grandeza de sentir
E porque mentir?

Transformar a dor em rima,
Tristeza em beleza,
Rotina em poesia.

Poetas alquimizam sentimentos
Transformando tristezas sentidas
Em palavras escritas.

A Fênix

O trem passa
O tempo corre
A noite cai
O dia nasce.

A Fênix morre na noite
E das cinzas,
No outro dia renasce.

O trem passa
Desloca o tempo
Arrasta o vento
E tudo acaba.

Mas no outro dia
Das cinzas,
A Fênix renasce.
Era uma vez... uma historinha medieval

O dia da grande batalha se inicia
Da ânsia que cresce no peito
Nasce a confusão
A noite já se aproxima.

Armados do ataque e da defesa
A Bruxa e o Cavaleiro estão a postos.
Marchando em sentidos opostos
Até o local do combate.

A Bruxa em sua defesa usa o ataque,
Pequenos feitiços, certos fetiches,
O Cavaleiro de muitas guerras vividas
Usa táticas aprendidas.

E neste momento de embate
Entre o fogo e o combate
Todas as regras podem ser quebradas
E o impossível já vislumbra o previsível.