quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Oração de uma Libertina

Posso te entregar de livre e bom grado
Meus doces beijos e carícias ardentes,
Posso me doar expontaneamente 
Aos seus caprichos por vãos momentos
E ceder brevemente aos teus desejos
E ainda te fazer crer
Que estes intensos desejos são meus,
E prometer em tuas palavras nunca acreditar
Porém, jamais prometo nada
Porque já me despedi das juras
Também aboli os juros
Que se acumularam das culpas
E por isso e por vontade própria
Vou me despindo pela noite vulgar,
Deixando esquecido os pudores,
Espalhando desejos profanos
Permitindo que profane meu templo
Que há tanto tempo deixou de ser sagrado
O inunde com sua luxúria
E nesse breve instante
Em que meu templo despido é teu fetiche
Te ofereço de joelhos
A minha mais lembrada prece
Aquela que do mundo dos mortos
Há de te fazer levantar
E deste momento, não há de te esquecer
Ao passo que tal sacerdotisa
Pra outros deuses há de orar
E a todos, tão profanos quanto tu
Receberão as mesmas preces
Mas jamais encotrarão
Um tesouro que há escondido
Dentro deste templo perdido.
                                

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