domingo, 12 de abril de 2015

O Grito

E Maria não se calou
Abriu a boca
Gritou!
Assim como fez Joana e Carolina.
Maria gritava por seu direito
De direito e avesso
Seu direito a todos os orgasmos que quiser gozar.
Seu direito de chupar os paus que desejar,
E as bocetas também.
Gritou sua vontade indignada
Também quero ser chupada!
E há quem quis calar Maria
Na sua libido desenfreada
Porque mulher de verdade
Não pensa assim,
E se pensa, por ser educada, não fala.
E se fala é puta.
Mas Maria não se calou
Pouco se importou,
Se quem gosta de gozar é puta,
Prazer, meu nome é Puta!
Deu as costas e soltou o grito pela última vez,
À quem nega o meu direito e meu grito,
Vá se foder!

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