quinta-feira, 16 de abril de 2015

O direito e o torto

Que o direito me perdoe
Mas sempre amei o curvilíneo
Nem a estrada é reta
Porque o mundo é redondo
Sempre fui esquerda
Mesmo sendo destra
E não é só porque sim
É porque tem que ter explicação
É porque na curva se vê outro contorno
Se vê além do horizonte
Se lê além das entrelinhas
Quem anda na contramão vê além
Vê a beleza dos loucos
Vê a leveza dos livres
E não cala na indignação
Se os caminhos são curvos
Porque baixar a cabeça e andar em fila indiana?
Porque assim alguém determinou?
Por medo de pensar ou de enlouquecer?
Soubessem todos que só os loucos sobrevivem
Pelas estradas tortas
Que os direitos não tem coragem de seguir!


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