Protótipo imperfeito
Uma noite perfeita para velas,
Incensos e ilusões,
A incandescência foi aplacada
Pela chuva fina do fim do verão
Mas a alma inquieta sente a eletricidade
Que percorre as veias
Com a urgência que a decência
Não ousa ultrapassar.
Hoje a bebida é doce
E quando toca os lábios
É mais sensato calar.
O novo protótipo é mais comedido,
Suas novas medidas
Ainda buscam a medida
Para abrigar uma alma
Que não cabe no novo modelo,
Extravaza o protótipo
Tornando todas as noites,
Até mesmo as amenas,
Incandescentemente desmedidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário