quarta-feira, 16 de novembro de 2011


Um poema para teu jardim

As janelas agora tem grades
E no jardim,
As roseiras cor de rosa
Não existem mais.
Na geladeira,
Não há mais doces
Embora nunca conseguisse saborear a todos
De tantos que haviam,
Nem refrigerante nos almoços de domingo.
Tudo passa e se transforma,
Assim como a grama que nasce
Após a chuva de um fim de tarde
Onde o chão se cobre
Por um imenso tapete verde.
Os meus olhos queimam
Com as águas que inundam o coração
Como uma maré alta de saudade,
Saudade dos caminhos 
Marcados em teu rosto,
Trilhado por teus pés...
Dos quais só sobraram
Teu broche e as velhas fotografias.

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